sábado, 14 de novembro de 2009

Pré-FILME

Uma experiência doida, na Esquina Democrática do Centrão de Porto Alegre. Nós (Alexandre Fritzen da Rocha - escaleta - Cuca Medina - voz e acordeom -, Felipe Faraco - viola de arco -, Guilherme Darisbo - violino - e Nanã Parú - berrante e ferramentas de obra) paramos no meio da encruzilhada mais popular de Porto Alegre e colocamos nosso galo preto. O berrante ilustrou muito bem a nossa performance para o povão - o povão, aqui, talvez não seja uma categoria relacionada a um tipo de pessoa, mas a um tipo de comportamento expressivo que nós, humanos, adotamos frente a um grupo grande e heterogêneo de indivíduos. Eu não acho desagradável fazer uma performance de improviso livre no meio de pessoas que não foram convidadas previamente para o evento. Do contrário, é uma abertura ao porvir, uma abertura ao presente - que pode fazer desabrochar um conjunto de experiências relativas à forma com que nos relacionamos com o público, num espaço público e de caráter aleatório. Tivemos desde um fã do Faraco e do Fritzen (um rapaz de meia-idade super carente que solicitou abraços de 5 minutos de cada um dos guris - na foto com o Faraco - e que, diga-se de passagem, foi atendido). Foram 15 minutos, aproximadamente, de diversão, angústia, segurança-insegurança, busca pela superação de volume da voz - pra mim -, e visualização de rostos curiosos e indecisos, perante ao incerto.

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