segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sobre pops e x-perimentals



Alguns compositores trabalham com a idéia de percepção memorial (arquetípica e até clichê) das pessoas: esses fazem música pop;
Outros ficam buscando a natureza de suas percepções, nomeadamente os x-perimentals... Com um sarcasmo rockeiro, daria para chamar de "punheteiros", aqueles que não interagem com o público, numa independência blasé, firme e bem estabelecida. É claro que aqui, a opinião tem um quê de brincadeira com um possível ponto de vista "popista" ou, na melhor das hipóteses um tanto aberto à atitude de interação entre um número maior de pessoas, compartilhando "um pouco mais" seus mitos, deuses, medos e sonhos. Não vejo problema nenhum em transitar entre posturas, pelo bem da desconstrução! O "pobrêma" é quando um ou outro tipo se torna fascista... ou faz o elogio da autoridade da "excelência" de um tipo em detrimento d'outro...Acho saudável o trânsito entre os tipos de "visão", ou de "zona de conforto", já que isso permite uma expansão da liberdade de pensamento, para desiludir o ser que, numa sociedade onde o sistema econômico e tecnológico predominante é extremamente favorecedor do comodismo. Não será pelo simples fato de se ter o poder de mexer o mouse, clicar e teclar, e escolher textos merecedores de reflexão ou de "exercício mental", que isso caracterizaria uma pessoa como "livre" ou "em exercício de sua liberdade". Muitas vezes o que percebo é uma série de clichês, sempre em busca de uma ação humana, para desilusionar. Desconstruir. Uma breve contribuição para a reflexão de segunda-feira, antes de um almoço "quase" à tarde. O sol começa a ficar menos agressivo.